O objetivo da terapia de casal e família é a mudança das relações estabelecidas tornando a relação familiar ajustada às necessidades dos indivíduos durante o seu ciclo de vida. Assenta na capacidade e competência do casal como fonte de resolução das suas dificuldades, aqui o terapeuta proporciona ao casal condições e oportunidades de mudança. É uma terapia com o casal/família e não ao casal/família. 

É um método de compreensão e tratamento dos problemas e das relações familiares. Analisa e intervém nos vários sistemas e subsistemas familiares: conjugal, filial, fraterno e parental. É descrito e analisado o pedido, a identificação (pelo casal/família) dos problemas, construído o genograma familiar, as alianças, vínculos estabelecidos entre os membros, o tipo de comunicação e dinâmica relacional, o grau de individuação relacional (fusão, isolamento, ambivalência), conflitos de lealdade (ou de encargos), o legado, o mérito, os direitos e deveres, entre outros aspetos. São usadas várias técnicas, em que o interrogatório circular assume uma importância demarcada, já que os sujeitos mostram mais facilidade em falar dos outros do que deles próprios.

 As metáforas, esculturas, inversão de papéis, fixação de limites (sistemas e subsistemas) e as prescrições, entre outras constituem estratégias de atuação. A frequência até às três primeiras sessões é semanal e posteriormente espaça-se de três em três semanas ou mensal e depois a título de “monitorização” de três em três meses ou seis em seis de acordo com as características do casal e o pedido. O tempo de cada sessão é de cerca de uma hora. Nas sessões estão pelo menos presentes os elementos constituintes do casal e se se julgar pertinente (como muitas vezes se verifica) os da família de origem ou/e mais alargada. O término da terapia verifica-se quando o(s) terapeuta(s) considera que se atingiu alteração na dinâmica familiar.